quinta-feira, 22 de maio de 2014

Autor do Mês

Boa tarde,


Miguel Vicente Esteves Cardoso nasceu em Lisboa a 25 de Julho de 1955 no seio de uma família de classe média-alta.
Ofacto de ser bilingue (pai português e mãe inglesa) deu-lhe uma espécie de visão distanciada de Portugal e dos portugueses.
Foi um aluno brilhante tendo feito os seus estudos superiores no Reino Unido.
Em 1988 abandonou a carreira académica para fundar juntamente com Paulo Portas o jornal semanário O Independente, tendo entrevistado algumas das figuras mais marcantes da política e cultura portuguesa. Na década de 80 funda, com Pedro Ayres Magalhães, Ricardo Camacho e Francisco Sande e Castro, a Fundação Atlântica, a primeira editora discográfica portuguesa independente, produzindo discos de nomes como Sétima Legião, Xutos e Pontapés, Delfins, Paulo Pedro Gonçalves, Anamar. Deu também contributo direto à música Pop portuguesa como letrista. Foi ainda autor e co-autor de diversos programas de rádio, todos na Rádio Comercial.
Dedicou-se também à crítica literária e cinematográfica no Jornal de Letras, Artes e Ideias. Começou a ser presença assídua na rádio e televisão, em parte devido à sua aparencia invulgar e desajeitada de jovem intelectual, ingénuo e preverso, e às suas intervenções imprevisíveis  e desconsertantes, irónicas e irreverentes.
A convite de Vicente Jorge Silva, tornou-se coloborador do Expresso, onde as suas crónicas satíricas A Causa das Coisas e Os Meus Problemas, conheceram o acompanhamento regular de muitos leitores e o sucesso junto da juventude de classe média.
Monárquico e antieuropeísta convicto, apresentou-se como deputado no Parlamento Europeu, em 1987, como independente.
Pela mão da actriz Graça Lobo integrou a Companhia de Teatro de Lisboa,  o que o leva à dramaturgia. Publicou "Carne cor-de-rosa Encarnada" e "Os Homens" e traduziu várias peças de Samuel Beckett. Na televisão colaborou co Herman José, como guinista do programa Humor de Perdição.
Em 1991 deixa a direção d' O Independente e cria a revista mensal K.
A intensa dedicação à literatura acaba por afastá-lo do jornalismo ativo. O seu primeiro romance O Amor é Fodido foi um best-seller em boa parte devido ao titulo. No final dos anos 90 dedicou-se só à escrita publicando mais dois romances A Vida Inteira e O Cemitério de Raparigas. Continuou a escrever crónicas em jornais, n'o Independente e, posteriormente, no Diário de Notícias. Em 1999 criou um blog chamado "Pastilhas" que abandonou em 2002. No ínicio de 2006 retomou a sua colaboração no Expresso e desde 2009 escreve uma crónica diária no  Público.

Obras
  • 1982 - Escrítica Pop
  • 1986 - A Causa das Coisas
  • 1988 - Os Meus Problemas
  • 1990 - As Minhas Aventuras na Répública Portuguesa
  • 1991 - Último Volume
  • 1994 - O Amor é Fodido
  • 1995 - A Vida Inteira
  • 1996 - Cemitério de Raparigas
  • 2001 - Explicações de Português
  • Lorelei
  • O Musical
  • 2006 - Minha Andorinha
  • 2007 - Com os Copos
  • 2008 - Em Portugal Não Se Come Mal
  • 2013 - Como é Linda a Puta da Vida
  • 2014 - Amores e Saudades de um Português Arreliado
Boas Descobertas!

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